2006/08/29

Teoria da Lagoa Azul

Deixo hoje para discussão uma das minhas ideias mais polémicas: A minha Teoria da Lagoa Azul.

Toda a gente já viu o filme certo? Menino e menina ficam numa ilha deserta e vão-se descobrindo um ao outro até que descobrem que há muito mais para fazer com certos orgãos, do que aquilo que fazemos quando somos pequenos.

É aqui que eu discordo. Tenho para mim mesmo que, se algum dia esta situação pudesse ser testada, os seres humanos chumbavam no teste da reprodução.

O Homem tornou-se num animal social, e com isto, tudo o que para nós era instintivo há muito que foi apagado por regras e procedimentos sociais.

Temos hoje à nossa volta, e cada vez mais, sexo por todo o lado. Somos bombardeados com imagens desse âmbito todos os dias desde que nascemos. Isto obviamente na sociedade ocidental.

Mas imaginem que duas crianças (ou mais mesmo) são realmente deixadas a viver longe da sociedade, logo desde que nasceram. Que não lhe dão mais do que comida...

Nunca ouviram falar das crianças que crescem nas florestas e que não aprendem nunca a viver em sociedade? Porque em criança não tiveram contacto com mais seres humanos, estas pessoas nunca se habituaram a viver com e como as outras.

Pois bem, eu defendo que, se duas crianças do sexo oposto, forem deixadas sozinhas desde pequenas, sem nunca terem visto nenhum estímulo sexual explícito, mesmo depois de adultas, não vão conseguir reproduzir-se.

Ideias minhas?

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Olha que vão...

Quando dizes que «O Homem tornou-se num animal social, e com isto, tudo o que para nós era instintivo há muito que foi apagado por regras e procedimentos sociais.» tens alguma razão. Mas exactamente por isso, se duas crianças são deixadas sozinhas numa ilha, e se desenvolvem sem estarem sujeitas a essas regras e procedimentos sociais, desenvolvem-se exactamente com base nos seus instintos animais, que lhes são intrínsecos. E os instintos mais básicos de qualquer animal são a sobrevivência e a reprodução.

E depois, partindo do princípio que nessa ilha haverá outros animais, não será verdade que as mesmas crianças nunca serão expostas a nenhum estímulo sexual explícito. Humano, sem dúvida que não serão. Mas e os outros bichinhos? Eles reproduzem-se...

5:53 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Na minha opinião, as criancinhas (baptizadas ou não) iriam descobrir a sexualidade mesmo antes do amadurecimento dos orgãos reprodutores.

Sexo e sexualidade não são apenas o chamado "acto sexual".

12:20 da tarde  
Blogger Pedro S said...

catarinia:
- Falas em "instintos mais básicos". É precisamente por aí que eu acho que o homem não ía lá! Tens ideia que, de sobrevivência, o Homem já pouco percebe (principalmente quando em criança); De reprodução... tenho as minhas dúvidas que, lá está, entre a sobrevivência e a reprodução, não seja este último o instinto deixado para trás.
- Quanto aos outros animais que as crianças pudessem copiar, bem, estamos a falar de um ambiente controlado de laboratório. Eu disse "nenhum estímulo sexual".

ozcz:
Não leste, no que escrevi, que eles não encontrariam alguma "sexualidade". Eu falei em "reprodução". No entanto não compreendo o que queres dizer com "Sexo não é apenas o acto sexual". Pelo contrário! Ou estamos a falar do Clinton? Sexo é O acto sexual. Tudo o mais é preliminares.

10:27 da tarde  
Blogger O Estrangeiro said...

Não percebo... portanto "Não leste, no que escrevi, que eles não encontrariam alguma "sexualidade". Eu falei em "reprodução"." Ou seja, defendes que les iriam foder (o que me parece absolutamente inevitável, pois é um impulso natural inato), mas não se conseguiriam reproduzir? Porquê? O isolamento atrofia os orgão reprodutores? Explica lá isso, pa...

10:00 da tarde  
Blogger Pedro S said...

O que eu quis dizer foi que eu não digo que eles não fossem descobrir que passar com as mãos em algumas zonas do corpo é agradável. Mas daí a juntarem dois mais dois... A teoria é exactamente que as criancinhas não chegariam ao sexo em si. Ao contrário do que dizes, a mim não me parece assim tão inevitável.

11:19 da tarde  

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